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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Médicos......

Há coisas que não lembram ao diabo. Hoje acordei cedíssimo, como é habitual, para ir trabalhar. Não sei porquê, mas fiquei mal humorada. Antes de regressar a casa, passei pelo Centro de Saúde para mostrar uns exames de rotina que tenho andado a fazer. O médico, muito simpático lá foi falando, falando, falando, percursos de vida, opções de vida, até que o ponto alto da conversa foi crises de idade. Aos 20 blablabla, aos 30 blablabla e aos 40 blablabla. Pensei logo, o homem pensa que está a fazer o meu retrato. Claro tinha de o contradizer em tudo ou brincar com a situação. Assim foi decorrendo a consulta, passando pelas viagens, a situação dele (casado, pai de filhos e costuma de viajar de autocaravana....). Entretanto oiço um ruído estridente. Parecia um pássaro, eu bem olhava para os vários sítios, mas não via nada. Estive mesmo para fazer um comentário qualquer, mas ainda bem que não o fiz. O Sr. vira-se para trás e atende o telefone. Foi aí que eu vi que aquele barulho era do seu telemóvel. Mais uns 15 minutos e eu a assistir a conversa com o Sr. do banco sobre amortizações e mudança de banco, por descontentamento..... Após o telefonema, lá voltou a falar do meu estado clínico e deu por terminada a consulta com aperto de mão. O certo é que eu saí da sala de atendimento com um sorriso de orelha a orelha e com pesos na consciência pelo tempo de duração da visita. Se eu desconfio dos médicos, é uma evidência, mas este apesar de tudo deixou-me intrigada. 1º fala-me em crises de meia idade, depois recomenda-me a vacina da gripe todos os anos e por fim, fala que se farta, mas sobretudo dele e dos seus. Será que as suas preocupações eram tantas que as projectou em mim!!!!!
Não importa muito a razão de ser do seu discurso ou do seu comportamento egocêntrico, a verdade é que saí de lá a rir, a fazer rir os outros e ainda por cima a falar sozinha......

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Tempo!


Estranho é o ser humano. Estranhos são os caminhos que percorremos incessantemente. As transformações são tão pequenas que em grandes se transformam. Compreender a estranheza permite viajar por longos momentos descontínuos, tornando perceptível aquilo que fomos e o que somos na nossa essência. Reconhecer o ser estranho que nos habita é identificarmo-nos com o outro, compreendê-lo, sentirmo-nos mais próximos e tão distantes marcados pelo tempo.


Estranho é o ser humano que vai desabrochando com cada nascer do dia. Estranhos são os nossos passos guiados por direcções indefinidas, por paradoxais desejos, por evasões enganosas. Estranho é o ser humano!



segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Recordações....


Há uns tempos que dou por mim a falar e a pensar em pessoas queridas, as quais já não vejo há muito tempo. Hoje, tive vontade de telefonar a uma delas. Apesar de terem passados anos, foi um prazer relembrar tempos em que compartilhavamos trabalho e vida pessoal. Foi delicioso. O sorriso foi nascendo nos nossos rostos progressivamente, seguidos de umas boas gargarlhadas, tendo como companhia a sua filhota que relembrava que eram horas de ir dormir. Os episódios guardados nos ficheiros da minha/nossa mente eram abordados com um conhecimento profundo, sem necessidade de omissões ou desvios de conversa. O sei olhar atento e compreensivo fazia a sua análise como se do meu olhar se tratasse. O companheirismo, a cumplicidade, o avontade premanecia tal como outrora acontecera.

Amei lembrar que estivesse presente na minha vida e sem nada fazermos, continuamos as mesmas tão próximas, embora tão distantes.

Aos bons momentos passados.....

bjs saudosos